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Parceria Nextbitt com a Explorer Investments

21/7/2022

A tecnológica Nextbitt quer ser uma referência internacional. Quem o diz é um dos fundadores, Miguel Salgueiro, que assume que a junção com o fundo da Explorer Investments vai acelerar este objetivo.

Como está estruturado o negócio da Nextbitt?

A Nextbitt é uma empresa tecnológica 100% portuguesa que oferece uma solução inovadora vocacionada para a gestão e otimização de ativos físicos, edifícios e serviços indispensáveis ao negócio de todas as organizações. Na sua carteira de clientes conta com players de referência em sectores tão diversificados como – banca, utilities, transportes, saúde, indústria e arenas.

Qual a tipologia de ativos que estão sob a gestão da empresa?

A tecnologia Nextbitt é única, focada em Asset & Facility Managent, IoT, Field Service & Sustanability. Hoje, paralelamente à adopção da tecnologia NextBITT por parte dos nossos clientes, a nossa oferta diferenciadora numa lógica de serviço, apresenta outras duas grandes áreas de negócio, sendo o inventário e cadastro de todos os ativos físicos, ao serviço de sensorização de edifícios. Esta informação passa a estar centralizada numa única plataforma, que ao mesmo tempo integra e monitoriza todo o tipo de pedidos e ou alarmística de equipamentos, a Nextbitt tornou-se uma referência.

A empresa acaba de fechar um contrato de cinco milhões de euros com um fundo gerido pela Explorer Investments. Quais os argumentos que justificam este contrato?

O objetivo principal é tornar a tecnológica numa referência internacional, algo que esta junção com o fundo da Explorer Investments vai acelerar. A par da internacionalização, também o crescimento e inovação da empresa deverão evoluir. Além disso, também vamos contratar 60 pessoas nos próximos 12 meses. Esta parceria torna a Nextbitt mais robusta, permitindo um maior foco no crescimento acelerado em diferentes geografias. O acordo alcançado visa uma aposta clara em tecnologia para a sustentabilidade.

Nesta aceleração do crescimento, quais os países onde a Nextbitt poderá apostar?

Nos primeiros cinco anos, temos como objetivo estar presentes em quatro ou cinco geografias da comunidade europeia. Espanha será uma delas claramente, mas estamos a ver outras geografias. Esta estratégia assenta, em parte, porque passou a ser obrigatório às empresas dos Estados-membros, apresentarem dados referentes à sustentabilidade, nomeadamente, ao nível do sistema de gestão ambiental e do sistema de gestão energético.

Em termos de gestão, mantém-se a vossa autonomia ou a Explorer Investments vai assumir a direção?

A operação entre a Nextbitt e a Explorer Investments não vai retirar autonomia na gestão do negócio aos sócios fundadores da tecnológica – que sou eu, Pedro Morais e André Calixto –, que mantemos as mesmas funções e a maioria do capital.

Atualmente, em quanto está avaliada a carteira de ativos da tecnológica?

Nos dias de hoje, o que podemos partilhar, é que a tecnologia NextBITT à data de hoje, apoia os seus clientes na gestão de mais de 1000 milhões de ativos físicos. Apesar de sermos transversais a qualquer área e setor, os principais mercados onde atuamos são a banca e retalho especializado, o setor dos transportes, a indústria, a saúde e as arenas. A plataforma é uma só, para todos os setores, tendo já trabalhado com Leroy Merlin, CUF, Altice, Sonae MC, Vodafone, Worten, entre outros.

A gestão externa dos ativos é um custo que as empresas estão dispostas a pagar, ou é um item que, em tempos de crise, acabam por abdicar?

O desaparecimento, o roubo e a danificação de ativos físicos representa, nas organizações, desde há vários anos, uma das principais despesas empresariais. Neste sentido, ao implementarmos uma plataforma que permite fazer a gestão e o controlo em tempo real destes ativos físicos fará com que os gastos alocados a estas despesas sejam direcionados para necessidades de maior relevância para o desenvolvimento do negócio. Por outro lado, a pandemia acelerou de forma abrupta o foco na digitalização das empresas nacionais obrigando-as assim a terem de se tornar mais digitais, pois caso contrário correm o risco de ser ultrapassadas pela sua concorrência. Desta forma, pelo que temos vindo a observar do mercado, esta é uma preocupação cada vez maior das empresas nacionais e transversal na digitalização das diferentes indústrias, na medida em que as empresas portuguesas, hoje, já veem a gestão de ativos físicos como “parte” importante da cadeia de valor da sua atividade diária.

A adoção das melhores práticas de sustentabilidade já marcam o dia a dia das empresas. De que forma a atividade da Nextbitt ajuda a cumprir com as melhores práticas ambientais?

A sustentabilidade, o novo digital das organizações, tem vindo a criar uma forte dinâmica, uma cultura cada vez mais ambiental, toda uma nova estratégia, nas diferentes indústrias, tendo por base o ESG – Environmental, Social and Governance. Neste sentido, uma organização ao incluir uma plataforma que faça a gestão e otimização dos seus ativos físicos consegue manter um registo permanente de todo o seu património, bem como a gestão do ciclo de vida útil de cada ativo físico. No entanto, com a Plataforma NextBITT, para além da gestão e otimização dos ativos físicos, uma organização consegue congregar o módulo de Sistema de Gestão Ambiental e de Sistema de Gestão Energética, o que simplifica o cumprimento da conformidade ambiental e dos relatórios de sustentabilidade numa visão Top-Down, desde os departamentos, às infraestruturas até aos ativos físicos, numa única aplicação. Esta solução garante a gestão do cálculo da pegada carbónica, com base em toda a informação de gestão de ativos físicos: métricas de qualidade de energia, água, gás, combustíveis fósseis e rastreio de resíduos perigosos produzidos, bem como o ambiente interior dos edifícios. Para além disso, permite também, às organizações, ver em tempo real consumos, de forma simples e a baixo custo, o que antigamente não era possível. 

A Nextbitt sentiu o impacto da pandemia, tendo em conta que algumas empresas adotaram o teletrabalho no confinamento?

No que diz respeito à Nextbitt, mais do que duplicamos o crescimento da empresa. Foram dois anos de grande consolidação da nossa atividade. Foi evidente uma grande aceleração das empresas na digitalização do seu património. Parece-nos que em determinadas áreas das organizações, o teletrabalho veio para ficar.

Como tem evoluído os primeiros meses de 2022 em termos dos indicadores financeiros?

Nos primeiros cinco meses de 2022, em comparação com período homólogo de 2021, o crescimento mantém-se a dois dígitos, e o nível de recorrência cresce em igual valor. A Nextbitt tem, como objetivo de 2022, um crescimento da sua faturação aproximado a 30%, e do número de clientes em Portugal estimamos um crescimento de dez a 15 novos clientes. De salientar, que dado a atuarmos particularmente no mercado enterprise, o crescimento de projetos neste tipo de clientes, não deve ser visto de forma isolada, pois para nós, significam novos pontos de faturação, e aqui, só nos primeiros cinco meses de 2022, já crescemos 35%. Agora, persistem fatores globais de incerteza, como a Covid e a guerra, que ao momento não estamos a considerar para este crescimento.

Em termos de recursos humanos, a política é de retenção de talentos…

Prevemos aumentar a nossa equipa em diferentes áreas de atuação. Software Tester, Net Fullstack Developer, BI, Engenharia do Ambiente, são alguns dos perfis que a empresa ainda pretende recrutar. No entanto, a Nextbitt tem um enorme foco na retenção dos melhores talentos num mercado de pleno emprego, daí a aposta numa cultura orientada para as pessoas, promovendo a proximidade, e fomentando o conhecimento e o desenvolvimento das suas competências únicas.

Fonte: Forbes Portugal

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