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Nextbitt aposta na sustentabilidade para ser referência internacional em cinco anos

25/3/2022

Tecnológica portuguesa especialista na gestão de ativos físicos, criada em 2015, ambiciona angariar cada vez mais projetos internacionais, tendo por base crescente foco em critérios de gestão sustentável.

Os ativos físicos das empresas - como edifícios e todos os equipamentos neles instalados (incluindo manutenção de frotas) - estão associados a contratos que "geram milhões", representando "custos transversais" que podem chegar até 40% do total dos custos de uma organização. Uma gestão profissional desses ativos pode, por isso, significar otimização de processos, controlo de custos, ganhos de produtividade e melhores resultados. Esta é a ideia que Miguel Salgueiro, founder partner e chief business officer da NextBITT, relata ao Dinheiro Vivo, indicando que maior eficácia na gestão de ativos físicos leva à redução da pegada carbónica e, assim, a maiores ganhos de sustentabilidade para as empresas.

A NextBITT é uma tecnológica portuguesa especialista em gestão e otimização de ativos físicos, que atua nas áreas de asset management, facility management, field service, Internet das Coisas e sustentabilidade. Os três primeiros pilares representam as áreas de foco da empresa, enquanto o quarto pilar é uma consequência do potencial da plataforma de gestão desenvolvida pela NextBITT. Já o pilar da sustentabilidade é o objetivo de todo o trabalho desenvolvido de digitalização na gestão de ativos físicos, segundo Salgueiro, para "tornar eficaz a gestão ambiental nas empresas, reduzindo fortemente a pegada carbónica". A sustentabilidade é o foco atual da NextBITT que, com essa aposta, pretende tornar-se numa referência internacional em cinco anos.

A sustentabilidade é "uma grande aposta", pelo que através de dos critérios de gestão environmental, social, e governance (ESG), o gestor da tecnológica portuguesa quer "oferecer uma solução segura, eficaz e fácil de utilizar, num mercado cada vez mais competitivo".

"Até aqui o estágio do património não teve o devido relevo nas organizações. Agora, temos a tecnologia. E por que é que interessa inventariar os edifícios? Para se saber exatamente o valor do seu edifício. É que na venda do ativo uma das análises feitas é o tipo de intervenção que os edifícios tiveram. Há que saber quem está lá dentro, no que se gasta, onde e quando. Depois, temos a capacidade de integrar tudo numa única plataforma. Estamos a falar de algo que hoje permite saber tudo o que se passa num edifício ou armazém, devido à acentuada digitalização das organizações, o que permite ter um histórico fidedigno, atualizado ao dia. Há uma plataforma que reúne toda a informação da organização, cujos resultados ajuda a tomar decisões para atuar ou não atuar", explica o gestor da NextBITT.

Como têm sido os últimos anos da Nextbitt?

A operação da Nextbitt tem sido positivo, de acordo com Miguel Salgueiro, sendo que os anos da pandemia geraram mais oportunidades, devido à crescente digitalização das organizações, o que acabou por acelerar o negócio. "Crescemos mais de 50% em 2020 e em 2021", nota, salientando que registaram "sempre EBITDA [lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações] a dois dígitos". "O negócio paga-se a si próprio", afiança o gestor.

No último ano, o volume de negócios atingiu os três milhões de euros, um crescimento homólogo de 60%. O que comprova que a Nextbitt "mais do que duplicou a sua faturação em tempos de covid", segundo o founder partner. A que se deve esse desempenho? "À solidificação dos projetos", responde Miguel Salgueiro.

"O crescimento tem passado pela consolidação das áreas de negócio existentes e pelo reforçada presença internacional", acrescenta ainda o gestor, evidenciando que alterações no "mindset [mentalidade]" das empresas tem ajudado. Mudou não só pelas necessidades de digitalização, mas também por maiores apostas na sustentabilidade. E é aí que entram os planos de Miguel Salgueiro para os próximos anos.

"Não é fácil fazer antevisões", refere, lembrando que o impacto da guerra na Ucrânia torna ainda mais complexas quaisquer estimativas. Mesmo assim, revela que a empresa, "numa ótica conservadora", tinha em fevereiro antecipado um crescimento de 30% na faturação para 2022.

A médio prazo as perspetivas são mais alargadas, com o gestor a apostar num "crescimento bastante superior a 50% nos próximos cinco anos", tendo por base a "confiança de players que viram na Nextbitt uma mais-valia".

Segundo Miguel Salgueiro, essa confiança saiu reforçada com a aposta da tecnológica no pilar da sustentabilidade. "Aposta no ESG permite-nos ambicionar sermos uma grande referência internacional", afirma, indicando que já nos "próximos dois meses" surgirão novidades.

O crescimento relatado "tem passado pela consolidação das áreas de negócio existentes e pelo reforço da presença internacional. Aliás, com maior aposta na sustentabilidade, a Nextbitt tem na internacionalização "a prioridade principal". A aposta na internacionalização, assenta no desenvolvimento de projetos em Espanha, EUA, Angola, Africa do Sul e Brasil, de acordo com o gestor.

Mas essa ambição não passará por abrir escritórios noutras geografias. A operação é global desde o início, com a empresa a fornecer serviços para "qualquer geografia" a partir de Portugal. Ou seja, a aposta na internacionalização passa por ganhar projetos noutros mercados. O gestor garante que a tecnológica já desenvolveu mais de 40 projetos, quer a nível nacional como internacional. Agora, o propósito é angariar mais.

Criada em 2015, a Nextbitt é hoje também parceira de referência da Microsoft e da Altice. Atualmente, a tecnológica portuguesa conta com 40 trabalhadores, estimando superar o patamar dos 50 quadros até ao final de 2022.

Fonte: Dinheiro Vivo

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